terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Corte acidental

Espuma fria, massagem. Que mãos macias e delicadas. Espalha espalha espalha. Metal frio, afiado. Encosta e corre. Corre e leva tudo, pelos peles pelo menos. Mas as coisas já não são vão leves, as mãos não tão ligeiras, os pelos tão soltos. A sede de carne cresce e o fio é fino. E então o rubi brota da terra. A pele formiga e arde. O sangue declara o vencedor nessa batalha de empates. O pelo vence a pele. O sangue ganha do cheiro. E eu me limpo e levanto a lamínula lavada com lavanda e sangue. Também te amo. Também sempre te amei. Mas nunca dei conta de você. Afinal você merece um anjo de verdade. Daqueles que tocam arpa e te levam mas asas. Obrigado pelas asas.

Posted by ShoZu